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Hipoidratação e fadiga

  • Foto do escritor: Caio Poletti
    Caio Poletti
  • 3 de mai. de 2020
  • 4 min de leitura


Hipoidratação

· defasagem hídrica em relação ao estado euidratado (estado hídrico balanceado)

· pode ser causada por diversos fatores tais como: baixa ingestão de fluidos, sudorese, diarréia, vomitos, uso de diuréticos, hemorragia, etc.

· “desidratação voluntária” = Durante a atividade física, quando há fornecimento de água ad libitum (à vontade), freqüentemente o mecanismo da sede não é suficiente para compensar a sudorese e manter a hidratação, logo o indivíduo se torna hipoidratado.

· “desidratação involuntária” = mecanismo fisiológico inevitável no qual por mais aporte de água que o indivíduo tenha a perda hídrica será maior que a reposição, em situações de calor extremo.

· Estudo: indivíduos hipoidratados perderam 3% a mais de massa num ambiente de condições amenas do que no ambiente frio. Também se constatou que os indivíduos euidratados sustentaram por mais tempo na potência máxima o exercício na bicicleta ergométrica, tanto em condições amenas quanto frias, sugerindo a maior resistência à fadiga do que nos sujeitos hipoidratados.

Fadiga

· Bioquímica = redução da produção de força do músculo

· Psicológico = sensação de cansaço

· Fisiologia = falência de um sistema fisiológico específico

· Sensação de cansaço associada com quedas da performance e funções musculares

· Modelo Cardiovascular Anaeróbio: coração não consegue suprir as demandas de oxigênio esquelético assim como a retirada dos metabólitos envolvidos.

· Modelo da Queda do Suprimento de Energia: queda do suprimento de ATP ao músculo esquelético

· Modelo do Trauma Muscular: queda da quantidade de tensão total que o músculo consegue gerar (alteração da homeostase muscular e a ativação dos receptores de dor)

· Modelo Biomecânico de Fadiga: fatores subjetivos como o entusiasmo, a motivação e o interesse na realização da tarefa são responsáveis pelos limiares de fadiga.

· Fadiga central – relacionada com a queda do número de Unidades motoras funcionantes ou uma redução na freqüência de disparos das mesmas unidades.

· Fadiga periférica – relacionada com eventos neurais, mecânicos e energéticos que impedem o músculo de gerar tensão.

- Fatores Neurais: sarcolema não consegue manter sua concentração de Na+ e de K+ durante a estimulação repetida → acúmulo de K+ no interior da célula → despolarizarão que diminuiria a amplitude do potencial de ação.

- Fatores Mecânicos: reabsorção de íons H+ (agem sobre troponina) ou incapacidade do retísulo sarcoplasmático de captar Ca++ ou falta de ATP → afeta capacidade das pontes cruzadas.

· Desempenhos de duração ultracurta: menos de 10 segundos (anaeróbia) - produção de energia seja feita num período muito curto de tempo. A fadiga neste caso aparecendo em qualquer um dos sítios (psicológico ou muscular) define a queda da performance motora do indivíduo.

· Desempenhos de curta duração: de 10 a 180 segundos (70% anaeróbia) - a medida que o tempo de exercício aumenta e o recrutamento das fibras musculares modifica-se, ↑ fontes geradoras de ATP por via aeróbia. Glicólise anaeróbica gera uma quantidade expressiva de lactato. A maior quantidade de íons H+ poderia desencadear a fadiga proposta pelo modelo Cardiovascular.

· Desempenho de duração moderada: 3 a 20 minutos (vias aeróbias importantes) - grande recrutamento das fibras de tipo II e um custo energético muito próximo do VO2 máx. Fator que interferir na liberação do oxigênio acarretará queda no desempenho e a médio prazo fadiga.

· Desempenho de duração intermediária: 21 a 60 minutos (preponderantemente aeróbio) - participação da desidratação, agindo diretamente no VO2 máximo, assim como o estresse térmico e o limiar de lactato. Neste momento modelos biomecânicos que visam a economia de energia poderiam evitar uma fadiga segundo os modelos já descritos.

· Desempenho de longa duração: 1 a 4 horas - uma vez que os estoques de glicogênio do músculo e do fígado tentam se manter de acordo com o a degradação do carboidrato.

· Crianças em geral são mais resistentes a fadiga do que adultos

· Um dos principais motivos da fadiga é o aumento da temperatura corporal durante o exercício, especialmente em ambientes quentes e úmidos.

Problemas relacionados à hidratação

· falta de hidratação adequada → perda hídrica + perda de solutos juntamente com o suor.

· Hipovolemia: Diminuição no volume de sangue

· Hipotensão Postural: Redução da pressão arterial na posição ereta. Acúmulo do sangue nos vasos dilatados da pele e dos membros (especialmente inferiores).

· Desidratação: A diminuição na quantidade de líquido corpóreo

· Cãibras: Podem ser causadas pela perda de sódio na transpiração

· Hiponatremia: desequílibrio hidroeletrolítico que resulta na queda anormal da concentração plasmática de sódio. Freqüentemente caracterizada pela hipoosmolalidade (hipotonicidade) do plasma.

· Hipóteses para as causas da hiponatremia em atletas:

- Síndrome da Secreção Inadequada de Hormônio Anti-Diurético (ADH) - a SIADH = redução na produção de urina e um aumento da retenção hídrica na presença de sobrecarga de líquidos.

- Seqüestro da água no intestino, diluindo as concentrações sanguíneas após a competição, quando a água é absorvida.

- Uso abusivo de antiinflamatórios não hormonais que podem levar a uma alteração funcional do rim, reduzindo a produção de urina.

- Perdas anormais de sódio no suor.

· Insolação: Falha na regulação da temperatura pelo organismo. Um dos fatores que aumenta seu risco é a hipoidratação e a desidratação pelo exercício.

· Hipoglicemia: Produção de glicose pelo fígado diminui depois que há uma diminuição dos estoques de glicogênio.

Suplementação

· Exercícios prolongados diminuem a quantidade de glicogênio muscular e aumentam a utilização de aminoácidos de cadeia não linear com ramificações (BCAA).

Drogas

· Ingestão de álcool após o esforço físico = no músculo esquelético há um decréscimo no efeito do exercício sobre a captação de glicose, prejudicando a sua utilização.

· Consumo pré exercício da folha de cocaína = não aumentava a capacidade do trabalho físico, mas que durante o exercício prolongado era capaz de retardar a fadiga. O uso de coca produz vaso constrição periférica e reduz a perda de calor durante a exposição ao frio. O que pode sugerir uma ação direta da coca nas glândulas sudoríparas.

Conclusão

· A hipoidratação está diretamente relacionada à fadiga

· ↓ volume sangüíneo diminui = ↑ viscosidade sanguínea → dificulta retorno venoso → eventual aumento da FC e secreção de hormônios antidiuréticos causando vasoconstrição periférica para a manutenção da pressão arterial. = ↓ taxa de sudorese = afeta a termoregulação

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